quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Ida ao Teatro - 9º Ano

    


 A peça de teatro "Auto da Barca do Inferno", que foi representada pela companhia de teatro "O Sonho" é baseada na peça "Auto da Barca do Inferno" de Gil Vicente, a qual  retrata uma visão diferente do "após vida", onde nós, o público, estamos frente-a-frente com um  cais, várias personagens e duas escadas com destinos e regras diferentes, dando  a conhecer várias personagens, com personalidades e estilos de vida diversos. Os aspectos que mais gostei foram:a interação com o público, os efeitos sonoros e o cenário.

 Os efeitos sonoros ajudavam a perceber melhor as cenas e melhoram a apresentação.
 O cenário cativou a atenção, pois as cores e os elementos eram chamativos e, de modo geral, fáceis de identificar e separar O " inferno"  do " Paraíso".
 A interação com o público foi o que mais gostei, pois foram interações simples, mas engraçadas que causaram o riso, mas também a melhor compreensão da peça em alguns casos.
 Gostei também de como o Diabo "brincava" com as personagens e ridicularizava as mesmas, o que provocou alguns risos.
 Eu consigo pensar em vários aspectos positivos sobre esta peça, mas não consigo dizer  algo que seja negativo ou que estivesse contra as minhas expectativas para esta peça.E com isso o que eu quero dizer é que foi uma dramatização que valeu a pena ir ver e que, se eu fosse ver de novo, teria o mesmo impacto que teve quando a vi pela primeira vez.
 A meu ver, o visionamento desta peça foi bastante importante e enriquecedor, pois  cativa a atenção e provoca risos ao público.
 Em suma eu recomendo esta peça e, se tiver a oportunidade de ir ver, vá porque não se irá desapontar.
                                                        RF 9ºD

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

«Auto da barca do Inferno» - vamos refletir...

 Esta peça levou-me a uma "viagem no tempo" e fez-me refletir sobre vários assuntos presentes, ainda nos dias de hoje, na nossa sociedade. Na minha opinião, Gil Vicente realizou um ótimo trabalho ao dar "lições" aos espectadores através do riso.

  Se tivesse de escolher uma personagem para interpretar, escolheria o Parvo, pois é a personagem com que mais me identifico. Joane é uma pessoa bastante sincera, diz tudo o que pensa e é engraçado, dado que a sua sinceridade induz o riso. Aprecio a forma como ele lida com as situações com que se depara e creio que não é por acaso que é o favorito de muitos. 

     Porém, há situações com as quais eu não concordo e que, se fosse eu, tomaria outra decisão. A meu ver, o Anjo e o Diabo agiram bem quanto ao destino do Fidalgo, pela sua vida de superioridade e arrogância, característica partilhada com o Onzeneiro, que apresentava ser também ganancioso e enganador. Os arrais foram justos com o destino do Sapateiro, falso e enganador;  com o Frade, que me surpreendeu bastante devido aos seus comportamentos e aos da sua classe social ( o Clero); com a Alcoviteira, que não só era prostituta, como incentiva meninas a seguir o seu exemplo. Por último, o Corregedor e o Procurador foram merecedores do seu destino, pela corrupção e os subornos, e o Enforcado, apesar de ingénuo era um criminoso. 
     Considero que o Parvo e o Judeu não foram bem recebidos pelos arrais. O parvo por não ser levado a sério e o Judeu pela sua religião. Concordei com o destino do mesmo, pelos atos e subornos que praticava, mas não com a forma como foi tratado. Por fim, discordo com o destino dos Quatro Cavaleiros e com a forma como o Anjo os tratou. Acho que não mereciam o paraíso, pois mataram muita gente em busca de território e apresentavam uma certa superioridade e, a meu ver, falsa religiosidade.
     Em suma, o auto é uma obra muito importante para a história da literatura portuguesa pois faz uma crítica social com algum humor e uma reflexão sobre os valores humanos. Gil Vicente faz-nos pensar sobre as consequências das nossas escolhas e a necessidade de desenvolver o espírito crítico. Todos estes temas continuam a fazer parte da atualidade, o que pode ser um abre olhos para a sociedade.

                                                                           Inês A, 9º A